Entenda por que o teste da orelhinha é importante para a saúde do bebê

teste da orelhinha

Quando se trata de saúde, todo mundo sabe que o diagnóstico precoce de doenças é essencial. E isso também vale, é claro, ao falarmos sobre os bebês. Quando uma deficiência ou patologia é detectada logo após o nascimento, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores! É justamente por isso que os exames neonatais, como o teste da orelhinha, são tão importantes.

O que é o teste da orelhinha

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a cada mil recém-nascidos, de um a seis têm algum tipo de deficiência auditiva. A prevalência é significativa, principalmente se comparada a outros tipos de doenças que podem ser identificadas logo após o nascimento, como a fenilcetonúria, que atinge um a cada 10 mil recém-nascidos e é diagnosticada por meio do teste do pezinho.

As deficiências auditivas podem impactar no desenvolvimento da linguagem e da percepção auditiva, além de causar problemas cognitivos e sociais. No entanto, quando diagnosticadas ainda em estágio inicial, as chances de a criança ter um desenvolvimento neuropsicomotor próximo do considerado normal são muito maiores. É aí que entra a importância do teste da orelhinha!

O teste da orelhinha, também chamado de triagem auditiva neonatal, é comumente realizado ainda na maternidade, preferencialmente no segundo dia de vida do bebê. O objetivo é analisar a audição da criança, identificando casos em que há pouca ou nenhuma capacidade de percepção do som. A realização gratuita do teste nas maternidades e hospitais em que nascem é um direito dos bebês, assegurado pela Lei nº 12.303/2010.

O exame é indolor e pode ser feito, inclusive, enquanto o recém-nascido está dormindo. Para chegar ao diagnóstico, o médico ou fonoaudiólogo coloca um aparelhinho, parecido com um fone de ouvido, na orelha do bebê. Esse aparelho emite estímulos sonoros e registra a resposta auditiva do pequeno, considerando a contração e a distensão das células cocleares, responsáveis pela captação dos sons.

Dessa forma, é possível identificar a percepção dos sons pelo bebê e verificar a existência de alguma deficiência auditiva. A maioria dos exames aponta um resultado positivo, porém, há casos de falha, que podem representar algum desvio de audição. Apesar disso, os pais não precisam ficar assustados, já que é possível que se trate de um alarme falso, que ocorre pelo acúmulo de secreções após o parto ou pelo tamanho ainda pequeno das estruturas auditivas do recém-nascido.

De qualquer maneira, em casos em que o exame apresenta falha, é preciso repeti-lo após um mês. Se novamente o teste detectar algum problema, o recém-nascido deve ser encaminhado para realizar exames complementares. Nessa etapa, é muito comum que nenhum problema seja confirmado, no entanto, em alguns casos a perda auditiva é comprovada.

A partir dessa confirmação, profissionais especializados verificam o tipo e o grau da perda auditiva para que o melhor tratamento seja indicado em cada caso. Quanto mais cedo alguma deficiência for detectada, maior será a chance de a criança desenvolver uma linguagem próxima a de uma criança ouvinte.

Indicadores de risco relacionados às deficiências auditivas

Todos os bebês devem passar pelo teste da orelhinha, inclusive os que não nasceram em ambiente hospitalar ― nesse caso, é preciso levar o recém-nascido a uma unidade de saúde ainda no primeiro mês de vida. Porém, em alguns casos, o exame é ainda mais importante, pois existem alguns fatores que indicam risco maior da ocorrência de deficiências auditivas. Veja quais são, segundo o Ministério da Saúde:

  • Antecedente familiar com surdez permanente desde o início da infância (risco de hereditariedade);
  • Permanência na UTI por mais de cinco dias;
  • Uso de ventilação extracorpórea, ventilação assistida ou exposição a drogas ototóxicas;
  • Hiperbilirrubinemia ou anóxia perinatal grave;
  • Apgar de 0 a 4 no primeiro minuto ou 0 a 6 no quinto minuto de vida;
  • Peso inferior a 1,5 kg ao nascer;
  • Infecções congênitas, como toxoplasmose, rubéola, sífilis, HIV, herpes e citomegalovírus;
  • Anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso temporal;
  • Distúrbios neurodegenerativos;
  • Síndromes genéticas que expressam deficiência auditiva;
  • Infecções pós-natais, como herpes, sarampo, varicela e meningite;
  • Ocorrência de traumatismo craniano;
  • Quimioterapia.

A maioria dos indicadores de risco que envolve e saúde do bebê após o nascimento depende de diagnóstico médico. Apesar disso, os pais também precisam informar qualquer situação que possa ser uma condição de risco, como o caso de familiares com surdez permanente desde o início da infância. Assim, a equipe médica e a família atuam juntas para proteger a saúde do bebê!

Esperamos que este artigo tenha sido útil para você que está recebendo um novo membro na família! Lembre-se que o teste da orelhinha é um direito do bebê e que quanto antes um problema for identificado, maiores são as chances de a criança ter um desenvolvimento saudável.

Se você ficou com alguma dúvida sobre este assunto, deixe seu comentário aqui embaixo! Aproveite também para ler outros artigos aqui do nosso blog. Tem muito conteúdo interessante sobre saúde, conforto e bem-estar para os pequenos!

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