Como cuidar do umbigo do recém-nascido

umbigo do recém-nascido

Os primeiros dias de vida de um bebê são repletos de desafios para papais e mamães, mais ainda para os de primeira viagem. E entre as principais dúvidas desta fase está a de como cuidar do umbigo do recém-nascido, uma tarefa que exige muita atenção e cuidado.

Então, para que você saiba o que fazer para garantir uma boa cicatrização e a saúde do pequeno, neste artigo vamos falar sobre os cuidados com o umbigo do bebê e ainda desvendar alguns mitos comuns relacionados a ele. Vamos lá?

Como cuidar do umbigo do recém-nascido

O cordão umbilical é o elo entre mãe e bebê durante a gestação. É por meio dele que o pequeno recebe nutrientes e oxigênio para crescer e se manter saudável dentro do útero. Com o nascimento, esse cordão é cortado a uns dois centímetros da barriguinha, já que ao nascer o bebê passa a respirar pelos pulmões e a se alimentar com o leite materno e não precisa mais desse suporte.

A parte do cordão umbilical que continua no bebê é chamada de coto, mas também é muito comum nos referirmos a ela como o umbigo do recém-nascido. Esse pedacinho de cordão com aparência gelatinosa vai ficando escuro e seco com o passar dos dias, até que caia naturalmente, dando forma ao umbigo que vai acompanhar o pequeno pelo resto da vida.

Em geral, o coto leva de sete a 15 dias para cair, mas também pode demorar mais tempo, sem que isso signifique um problema ― contudo, caso ultrapasse 30 dias, é importante consultar o pediatra. Porém, para que todo esse processo ocorra sem complicações, é essencial tomar alguns cuidados simples, mas que fazem toda a diferença para uma cicatrização saudável.

Mamães e papais devem manter o coto sempre limpo e seco, condição indispensável para que não ocorra nenhuma infecção. No banho não é preciso ter medo: pode molhar o umbigo sem problema, desde que depois ele seja sequinho como o resto do corpo.

A higienização deve ser feita, pelo menos, três vezes ao dia. Neste processo, os pais devem lavar as mãos e utilizar algodão e uma haste flexível embebidos em álcool 70% para fazer a limpeza, da base para a ponta do coto, principalmente na parte em que o resíduo do cordão se une à pele. O álcool tem ação antisséptica e evita infecções.

É possível que o bebê chore durante a higienização, mas não há motivo para preocupação. O coto não possui terminações nervosas e, por isso, o pequeno não sente dor quando tocamos essa parte do seu corpo. O choro é causado pelo contato do líquido gelado com a pele, situação que pode desagradar o bebê, afinal, ninguém gosta muito disso mesmo, não é?

Vale lembrar que, caso o coto tenha contato com fezes ou urina durante a troca, é fundamental fazer a limpeza da área com água e sabonete, seguida da higienização com álcool 70%. Para evitar que isso aconteça, também é importante evitar a pressão da fralda por cima do umbigo, o que protege a área do contato com o xixi e as fezes e também deixa a área arejada.

Com a queda do coto, os mesmos cuidados permanecem para evitar a infecção da área em que ele ficava. A higienização deve continuar até que a cicatrização se complete.

Sangue e vermelhidão no umbigo do bebê: o que fazer

É comum que haja sangramento ou secreção antes ou depois da queda do coto. Essa situação é normal e basta fazer a limpeza da área com haste flexível e álcool 70% para garantir que fique livre de infecções. Além disso, um cheiro um pouco desagradável também é comum.

Porém, se a área apresentar vermelhidão, inchaço e um odor mais forte, é importante procurar o pediatra, pois é possível que sejam sintomas de infecção ou inflamação. Outros sinais de que isso pode estar ocorrendo são febre, letargia e bebê mamando pouco.

Outra situação comum relacionada ao umbigo é o estufamento da área, causado pela formação de uma hérnia umbilical. Quando isso ocorre, o umbigo incha, a cicatrização demora e tudo isso gera desconforto para o bebê, principalmente quando ele faz força para evacuar ou chorar. Geralmente, a hérnia fecha espontaneamente, mas caso isso não aconteça, é possível corrigir com cirurgia.

Mitos sobre os cuidados com o umbigo do recém-nascido

Todo mundo que já teve um filho sabe que palpites sobre como cuidar do bebê é o que não falta, principalmente durante os primeiros dias de vida. Isso também acontece em relação ao umbigo e, neste caso, é preciso ter ainda mais atenção, já que alguns costumes antigos podem fazer mal à saúde do pequeno.

Uma prática comum antigamente, por exemplo, era a de deixar o coto coberto por bandagens para protegê-lo. A intenção até pode ser boa, mas a verdade é que o umbigo precisa ficar arejado, livre de tecidos, gaze ou qualquer coisa que faça pressão sobre a área.

Talvez você também já tenha ouvido falar que é bom colocar uma moeda no umbigo com o objetivo de deixá-lo com uma aparência bonita depois que o coto cair. No entanto, além de não ter nenhuma influência na estética dessa área, essa prática também pode causar lesões, infecções e inflamações no local.

Outro mito comum é o de que a hérnia umbilical ocorre por causa do mau cuidado com o coto ou porque o bebê chora demais. Porém, pais e mães podem ficar despreocupados: a hérnia tem relação com as características da parede abdominal da criança e não com os cuidados com o umbigo.

E então, as dicas trouxeram mais tranquilidade para cuidar do umbigo do seu bebê? Para esclarecer ainda melhor o assunto, indicamos um vídeo do canal Pediatriaonline TV, em que a pediatra Daniele Marques dá importantes orientações aos pais:

Se você ainda tiver alguma dúvida sobre como cuidar do umbigo do recém-nascido, deixe um comentário! Se você já tiver passado por essa etapa, compartilhe a sua experiência por aqui também!

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